sexta-feira, 28 de agosto de 2009

nº 49 - Simbolismo da “Luz” na Maçonaria


Já comentamos sobre Simbolismo e sobre alguns Símbolos pertencentes à Maçonaria. Vamos agora comentar sobre o termo simbólico “LUZ”, que foi traduzido e adaptado da “Masonic Holy Bible” dos EUA, Wichita, Kansas.

LUZ é de longe o mais importante e misterioso termo na Maçonaria, que é assim aceito pela maioria dos membros da Fraternidade. É o primeiro dos símbolos apresentado ao Iniciado, e continua sendo apresentado a ele com varias modificações através de todo seu futuro progresso na vida Maçônica.

Ela representa, como é geralmente aceito, “Conhecimento, Verdade ou Sabedoria”, mas ela contem dentro de si uma alusão muito mais difícil de compreender dentro da essência da Maçonaria Especulativa, e abraça, dentro dela, o significado de todos os outros símbolos contidos na Ordem.

Maçons são enfaticamente chamados de “filhos da Luz” porque eles estão, ou deveriam estar, na posse do verdadeiro significado do símbolo; enquanto os profanos ou não-iniciados estão, pela analogia da expressão, na “Escuridão”.

Em todas as antigas religiões e em todos os “antigos mistérios”, a reverencia para a LUZ, como uma emblemática representação do ETERNO PRINCIPIO DO BEM, é predominante.

Isto foi verdade no Hebraísmo e Judaísmo, e é verdade no Cristianismo; isto é verdade do começo ao fim do Ritual da Maçonaria. no sentido mais predominante.

A maior LUZ da Maçonaria é a Palavra de Deus; maçons são empenhados em solicitar dessa fonte de verdadeira luz e dos princípios da Ordem e crescer avançando na LUZ.

A fonte original de toda verdadeira LUZ MAÇONICA é Deus; somente os homens que caminham nessa luz podem evitar a “escuridão”; somente esses homens são ditos “filhos da Luz””.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

nº 48 - Quem inventou a Maçonaria?


Algumas Organizações, de um modo geral, semelhantes ou não à nossa Ordem, foram idealizadas, projetadas e, finalmente, estabelecidas. Por exemplo, podemos citar a o “Escotismo” que foi fruto de uma pequena experiência com um grupo de jovens, planejada, por seu fundador Lord Robert Baden Powell, na Inglaterra em 1907. Com o êxito dessa experiência, foi planejado e desenvolvido um movimento sem fins lucrativos, agora totalmente estruturado, com suas leis, símbolos, deveres, etc, que é um sucesso até hoje.

E quem inventou ou planejou a Maçonaria?

Baseado em pesquisas feitas em livros ingleses e neo-zelandeses, pode ser dito que ninguém ou qualquer grupo de indivíduos descobriu, planejou ou inventou a Maçonaria. Ela é uma Instituição que se desenvolveu gradualmente ao longo de um período de anos, e muitas pessoas tomaram parte e colaboraram com seu crescimento.

A nossa Ordem criou raízes dentro das Lojas dos Maçons Operativos e nós podemos seguir seu curso desde o começo através do “Cerimonial” (Iniciação, Colação de Grau, Instalação, etc).

Muito simbolismo tem sido enxertado no “Ritual” (Inglaterra) em tempos mais ou menos recentes e mesmo a eminência do Templo do Rei Salomão e a Lenda de Hiram Abif, aparecem, como já dito, em tempos comparativamente recentes.

A Grande Loja de Londres e Westminster (posteriormente transformada na Grande Loja Unida da Inglaterra em 1813) foi fundada em 1717, mas a Lenda de Hiram Abif somente aparece imprimida em 1730 no “livro” de Samuel Prichard denominado “A Maçonaria Dissecada”. Uma Lenda alternativa referente aos “Filhos de Noé” foi achada nos Manuscritos de Graham em 1726.

A maneira de se expressar, a “linguagem” do “Ritual”, foi extraída da Literatura Inglesa da época compreendida entre 1790 e 1820 e, a partir desse período, o “Ritual” assume a presente forma. Ele foi, também, enxertado com passagens da Bíblia e pensamentos de escritores ingleses famosos na época. Em torno de 1825, o “Ritual” foi praticamente estabelecido e somente pequenas alterações foram feitas. Relíquias da antiga forma do “Ritual” são ainda encontradas em livros catequéticos, na forma de perguntas e respostas.

Uma das maiores mudanças foi o abandono desse tipo de ensinamento (perguntas e respostas) e estabelecendo o tipo encontrado no atual “Ritual”.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

nº 47 - Ahiman Rezon


Vamos falar de um assunto pouco comentado, mesmo porque não é do interesse dos descendentes dos ingleses fundadores da Grande Loja de Londres em 1717, que se tornou a “Loja Mãe” de toda comunidade Maçônica mundial. Ou seja, se uma Obediência quer ser reconhecida no meio Maçônico mundial, tem que ser reconhecida pela Grande Loja Unida da Inglaterra (GLUI). Apesar de que, e são pedras no sapato da GLUI, as grandes Lojas dos EUA, estão reconhecendo as Obediências com o mesmo valor da GLUI.

Ahiman Rezon foi um caprichoso nome dado por Laurence Dermott para o “Livro da Constituição” da Grande Loja dos Antigos, primeiramente publicado em 1756. Muita tinta e papel tem sido gasto para se saber a origem, o significado e a interpretação desse titulo, apesar de que atualmente não tem tido tanta importância, como teve no passado. Essa importância se diluiu com a formação da Grande Loja Unida da Inglaterra (GLUI) em 1813.

Abrindo parênteses sobre essa “união” da Grande Loja dos Antigos (1751) e da Grande Loja dos Modernos (1717), não se iludam os mais afoitos, pois o fato de que os Grãos Mestres das duas Grandes Lojas, apesar de irmãos de sangue, tenham se unido, não foi, aparentemente, um rasgo de fraternidade. O que realmente ocorreu foi que Napoleão estava nos calcanhares da Inglaterra e toda e qualquer união deveria ser feita para enfrentar o “Grande Conquistador”. Dessa união foi formada a Grande Loja Unida da Inglaterra.

Voltando ao nosso Ahiman Rezon, é interessante notar que esse titulo tem sido explicado numa grande variedade de interpretações, tais como: “A Vontade de Irmãos Selecionados”; “A Lei para Irmãos Preparados”; “Segredos de um Irmão Preparado”, etc, e nenhuma decisão satisfatória foi obtida até agora. O nome é supostamente de origem hebraica, provavelmente inspirada em alguma tradução Bíblica, na qual Dermott esteve interessado. Mas há diversas outras hipóteses.

Nicola Aslan nos revela em seu “Grande Dicionário Enciclopédico”:

“Foi esse o nome dado ao Livro das Constituições da Grande Loja dos Antigos Maçons da Inglaterra, que resultou da dissidência iniciada, por volta de 1745, pelo irlandês Laurence Dermott, autor do “Ahiman Rezon”, contra a primeira Grande Loja da Inglaterra que ele passou a chamar “dos Modernos”. Essa dissidência teve como finalidade o reerguimento da Maçonaria Britânica, que, felizmente, após varias décadas, conseguiu realizar.

O livro cuja primeira edição foi lançada em 1756 tinha, segundo o costume da época, o seguinte título prolixo e propagandístico: “Ahiman Rezon: ou um Auxílio a um Irmão; mostrando a excelência do segredo, e a primeira causa ou motivo da Instituição da Maçonaria; os Princípios da Ordem; e os benefícios que se obtém da estrita observância dos mesmos; também os antigos e novos regulamentos. Pelo irmão Laurence Dermott, Secretário”

Assim, no próprio titulo do livro, o autor dá a verdadeira interpretação de Ahiman Rezon, o seja, “um auxilio a um Irmão”.

sábado, 8 de agosto de 2009

nº 46 - Soberano ou Sereníssimo?


Brethren,

Muitas vezes recebemos informações através da Rede Colméia ou de outras fontes, sobre os Grãos Mestres das Grandes Lojas brasileiras e o titulo é de “Sereníssimo”. Quando se relata algo sobre o Grão Mestre do Brasil, o título usado é de “Soberano”. Na maioria das Obediências do mundo o título é “Sereníssimo”.

Não há nada de errado, somente acontecimentos ao longo da historia da Maçonaria brasileira, que vou procurar elucidar, conforme o que segue abaixo.

Tempos atrás, aqui no Brasil e em mais alguns outros países, existia uma única autoridade máxima para o Supremo Conselho dos Altos Graus e para o Grão Mestre das Lojas Simbólicas. Seu titulo era de “Soberano Grande Comendador Grão Mestre”.

Houve um encontro Maçônico em Lausane, Suíça, em 1925, onde ficou decidido que uma única pessoa não poderia ocupar os dois cargos ao mesmo. Posteriormente, o Brasil, acatando essa decisão, fez a devida correção, porem o título de “Soberano” continuou sendo usado para o Grão Mestre das Lojas Simbólicas, ao invés de “Sereníssimo”, o que era de se esperar.

Posteriormente foi oficializado e assim ficou até hoje.

NOTA: esta pequena pesquisa foi baseada em historiadores brasileiros, principalmente no maior deles, que foi o Mestre Castellani. Como a finalidade das Pílulas Maçônicas é transmitir conhecimentos, se alguém tiver uma outra versão, ou detalhes, para o que foi descrito acima, queira, por favor, nos comunicar. Como já dissemos, não somos dono da verdade.